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5.4.12

Aniversário desse ano...

Fomos nos afastando de pouquinho. Pra nós mesmos não percebermos. Mas cada dia que me forcei a não falar tanto com você, me fez ficar assim, meio perdida, com horas demais livres no meu dia. É tudo tão triste sem sua companhia. Meus dias viviam cheios de cores. Agora estão sem viço, sem brilho. Depois de uma semana sem nem a possibilidade de contato, to assim, esperando um email que eu sei que não vai chegar. E meu aniversário está chegando. Sei que não vai lembrar. Porque eu sei o quanto você é ruim com datas. Mas queria que você me fizesse uma surpresinha. Aparecesse no meu dia de alguma maneira pra me desejar felicidades. Eu também sei que felicidades, amor, paz, sucesso, saúde e todas essas coisas, você me deseja em pensamentos todos os dias. Mas eu queria que você pudesse fazer parte do dia do meu aniversário nesse ano. Como a gente conversou tantas vezes. Então, fica esse meu desejo de aniversário no apagar das velinhas.

14.2.12

Eu e o Futuro...

Para algumas pessoas, o futuro é que as espera. Eu, estou esperando o Futuro vir me buscar. Quando ele quiser, quando for a hora. E nem vou dizer que essa espera é árdua, porque seria lugar comum. É triste, algumas vezes. E pode ser solitária, também. Mas ao mesmo tempo, o Futuro manda vislumbres lindos o tempo todo. Visões de um futuro bom. Podem ser idealizações. Eu e o Futuro sabemos disso. Mas, e se não for? E se tudo for exatamente do jeito que a gente "idealiza"? E eu não esperar e perder esse lindo Futuro na minha vida? Ele faz dessa espera, além de árdua, triste e solitária, linda e cheia de amor. E me sentir amada é o que me faz esperar com mais vontade por ele. Muita gente pode achar loucura minha, ficar esperando esse Futuro. Mas esse Futuro em especial, e pra lá de especial, é o que encaixa perfeitamente com os meus planos de futuro. E independente do que outras pessoas achem, vale sempre a pena. Por mais que as vezes machuque. Mas na maioria do tempo, esperar pelo Futuro "me cura de uma loucura qualquer". Porque o amor me cura. E é esse amor pelo Futuro que me faz esperar por esse futuro em comum.

4.5.11

Strip Tease (Martha Medeiros)

Chegou no apartamento dele por volta das seis da tarde e sentia um nervosismo fora do comum. Antes de entrar, pensou mais uma vez no que estava por fazer. Seria sua primeira vez. Já havia roído as unhas de ambas as mãos. Não podia mais voltar atrás.
Tocou a campainha e ele, ansioso do outro lado da porta, não levou mais do que dois segundos para atender.
Ele perguntou se ela queria beber alguma coisa, ela não quis.
Ele perguntou se ela queria sentar, ela recusou.
Ele perguntou o que poderia fazer por ela.
A resposta: sem preliminares.
Quero que você me escute, simplesmente.
Então ela começou a se despir como nunca havia feito antes.
Primeiro tirou a máscara:
" Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade.
Você é a pessoa mais especial que já conheci.
Não por ser bonito ou por pensar como eu sobre tantas coisas,
mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade.
Ser correspondida é o que menos me importa no momento: preciso dizer o que sinto ".
Então ela desfez-se da arrogância:
" Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem.
Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca
é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto,
cada deslumbramento que tenho é com você que sinto.
Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história."
Era o pudor sendo desabotoado:
" Eu beijo espelhos, abraço almofadas,
faço carinho em mim mesma tendo você no pensamento,
e mesmo quando as coisas que faço são menos importantes,
como ler uma revista ou lavar uma meia, é em sua companhia que estou ".
Retirava o medo:
" Eu não sou melhor ou pior do que ninguém, sou apenas alguém
que está aprendendo a lidar com o amor, sinto que ele existe,
sinto que é forte e sinto que é aquilo que todos procuram. Encontrei ".
Por fim, a última peça caía, deixando-a nua:
" Eu gostaria de viver com você, mas não foi por isso que vim.
A intenção é unicamente deixá-lo saber que é amado e deixá-lo pensar a respeito,
que amor não é coisa que se retribua de imediato, apenas para ser gentil.
Se um dia eu for amada do mesmo modo por você, me avise que eu volto,
e a gente recomeça de onde parou, paramos aqui ".
E saiu do apartamento sentindo-se mais mulher do que nunca.

6.12.10

Passageiro...

Queria assim algo bem passageiro, que só me passasse o tempo, me mantivesse ocupada não mais que poucos minutos.
Não queria ficar pensando o dia todo, e ocupando todos os meus momentos com todas essas ideias.
Queria de um jeito despretencioso, como quase nada do que me rodeia, é.
Sem pressa, sem muita intensidade... assim, meio de repente.
Mas logo assim, de repente, tudo se intensifica. E agora tem a cara que tudo que me pertence, tem. A cara do desespero, do excesso.
Nada para mim passa, assim, impunemente.
E meio como quem não quer nada, me tira o fôlego, me deixa sem ar.

"Avassalador
Chega sem avisar
Toma de assalto, atropela
Vela de incendiar
Arrebatador
Vem de qualquer lugar
Chega, nem pede licença
Avança sem ponderar."
(Aquilo que dá no coração - Lenine)

28.10.10

Uma aposta

Um tempo atrás, conversando com uma amiga sobre um possível relacionamento (dela), disse a ela assim: "Gata, tudo que você tem a apostar é: nada a perder, e possivelmente muito a ganhar. Vai com tudo!"
E eu tava certa... Hoje ela tá feliz com esse relacionamento, que eu espero que ela ainda tenha muito mais a ganhar do que já está ganhando.
E hoje, parando para pensar na frase, trouxe para a minha situação. Tenho remoído a alguns dias sobre escolhas, o que fazer, que atitude tomar. Eu gostaria de poder fazer valer a frase no meu caso. Mas, infelizmente, eu não vou apostar o que eu tenho, que me é caro, para possivelmente nada ganhar.
Analisando a minha situação, perder uma amizade é, sim, muito pesaroso. Porque uma pessoa legal por perto sempre é muito bom. E ganhar o que, se o que eu vejo, me diz que não vou ter nada de volta?
E outra, vai que é só um encantamento movido pela carência afetiva? Perco um tantão para depois perceber que não era nada?
E fiz minha escolha... E vou amargar uma fossinha, mas né... Em quase 30 anos, estou pra lá de escolada em fossas...
E a carência é só afetiva, porque as outras carências, vão muito bem, obrigada!
Pra que mexer em time que tá ganhando, né?
Mas, se algum indício me disser que eu tenho mais a ganhar do que a perder, mudo de aposta na hora! :D

8.8.10

Um ano atrás...

E tantas vezes eu fui atrás... tantas vezes eu senti saudade. Tantas vezes que eu disse o quanto foi especial para mim. E tantas vezes eu fiquei remoendo o porquê de não ter dado certo.
Não foi culpa minha.
E tantas vezes que eu falei sobre tudo, dissecando toda a história. Tantas vezes que eu contei toda a história para outras pessoas, na tentativa de enxergar onde nos perdemos.
Não foi culpa minha.
E nas tantas vezes que eu quis estar perto de novo. E nas tantas vezes que eu liguei, tentando mostrar o que eu sentia. E nas tantas vezes que nem percebeu o que eu quis dizer.
Não foi culpa minha.
E nas tantas vezes que eu imaginei o futuro. Nas tantas vezes que eu vi esse futuro lindo, brilhante e muito certo. E nas tantas milhões de vezes que eu enxerguei que esse futuro, de verdade, não tinha nada para dar certo, que o destino era realmente ao fracasso.
E não foi culpa minha.
A culpa foi de quem não acreditou em tudo o que eu tinha de melhor para dar. De quem não acreditou que meus sentimentos eram tão nobres e especiais. Sentimentos esses, que de tão incríveis, ainda não consegui expurgar de dentro do meu peito. Nem consegui ainda, transformar em outra coisa. Nem consigo ceder a outra pessoa.
E tudo isso ainda passeia dentro do meu peito. Umas horas mais, outras horas menos.
Mas ainda habita aqui dentro. E tenho consciência que não vai sair daqui tão cedo.
O porquê? Nem eu mesmo sei.
Fui muito machucada, sim, nessa história. Mas boas lembranças ainda persistem. E cada dia é um dia. Cada semana passa voando. E ainda me vejo parada um ano atrás.

17.7.10

Tem alguém batendo na minha janela.

Hoje é sábado e é cedo ainda. Só umas 9 e pouco da manhã. Como faço sempre, venho com meu café com leite pra cama, abro minha janela, e deixo o sol entrar. Só que hoje está muito frio e chovendo, então deixei o vidro fechado.
Já terminei meu café, mas ainda estou na cama, lendo, pesquisando notícias na internet.
Escuto uma batidinha na janela...
Vejo uma figurinha pendurada do lado de fora. E não é que a tal figurinha olha pelo vidro, me procurando? Olha, olha, procura... E bate de novo. E fica olhando pelo vidro.
É um passarinho, tentando entrar no meu quarto. É o que mais de meu, eu tenho.
E nisso, parei pra pensar em quantas vezes acontece de alguém tentar entrar em mim, no que mais de meu, eu tenho, e eu não permiti.
Alguém que olha para dentro de mim, que quer fazer parte do meu dia-a-dia. E eu deixei a "janela de vidro" fechada.
Permito que olhe, que veja o que está perdendo, mas não permito que ultrapasse a barreira.
Construo muralhas, crio empecilhos.
Só porque um ou outro não souberam usar da permissão que lhes dei. Porque fizeram parte do que mais de meu, eu tinha, e não souberam aproveitar da oportunidade que tiveram.
Ou porque se aproveitaram da oportunidade de adentrar no que de mais meu, eu tinha. E acharam que essa oportunidade lhes dava a liberdade de fazer tudo o que quisessem.
E o passarinho continua batendo na janela, querendo vencer o vidro que se encontra entre ele e o que mais de meu, eu tenho.
E vai ser assim até quando não estiver muito frio lá fora, e eu puder abrir a janela toda.

29.6.10

"Cause if you want love, we'll make it..."

Tá, que eu só descobri o John Mayer hoje... E descobri que essa música é dele. E tá bom, que a música é uma delícia de escutar... e a letra é uma coisa de gostosa...
E pode até ser que eu não tenha ninguém em especial para dedicar essa música, assim, publicamente, mas tenham certeza que dentro do meu pobre e machucado coraçãozinho, essa música tem destino certo. ´Coz her "body is a wonderland" for me... Sempre.

"We got the afternoon
You got this room for two
One thing I've left to do
Discover me
Discovering you

One mile to every inch of
Your skin like porcelain
One pair of candy lips and
Your bubblegum tongue

'Cause if you want love
We'll make it
Swimming a deep sea
Of blankets
Take all your big plans
And break 'em
This is bound to be a while

Your body Is a wonderland
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Your body Is a wonderland

Something 'bout the way your hair falls in your face
I love the shape you take when crawling towards the pillowcase
You tell me where to go and
Though I might leave to find it
I'll never let your head hit the bed
Without my hand behind it

you want love?
We'll make it
Swimming a deep sea
Of blankets
Take all your big plans
And break 'em
This is bound to be a while

Your body Is a wonderland
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Your body Is a wonderland

Damn baby
You frustrate me
I know you're mine all mine all mine
But you look so good it hurts sometimes

Your body Is a wonderland
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Your body Is a wonderland
Your body is a wonderland

I'll never speak of this again
Now theres no reason
I've got the kinda love in my hands
To last all season"
(Your body is a wonderland - John Mayer)

22.3.10

Compromisso x Liberdade

A vida de uma mulher na idade dos 20 e poucos anos (quase 30, na verdade) gira na eterna briga entre compromisso e liberdade.
Ao mesmo tempo em que sente falta de ter alguém ali pertinho o tempo todo, acha um saco ter que dar satisfação para um carinha que está ali por perto.
Você já conquistou tantas coisas. Independência dos pais, a grande maioria tem carro, quem sabe, até casa. Trabalho, dinheiro pra viajar. Não precisa dizer aos pais aonde vai e que horas vai chegar. Sabe suas responsabilidades, e se vai dormir tarde durante a semana, tem consciência que no dia seguinte vai ter q levantar cedo para trabalhar. Batalhou pelo seu espaço sozinha, e sim, está muito bem assim.
Mas, ao mesmo tempo, falta aquele que te pega na curva pelo coração. E falta ser muito importante para alguém. Ter companhia pra ir naquela festa chata da família (e claro, dar uns amassos num cantinho sem ninguém ver). Ver Faustão no domingo a tarde seria tão mais divertido, não? Só que (sim, tem um “só que”) isso implica em transferir a satisfação que você dava aos pais, pra outra pessoa. E ai, ta afim de encarar essa?
Dizer aonde vai, com quem, a que horas volta, e escutar “posso ir junto?”, quando o que mais você quer é ter um tempo sozinha, fazer alguma coisa sem ninguém.
Não estou aqui pra dizer o que você deve ou não fazer. Acho que todo mundo tem uma balancinha dentro do peito que vai pesar mais para um lado. Pese, analise e faça sim, o que te faz mais feliz.
A minha tem pesado mais pro lado da liberdade, mas isso não quer dizer que daqui a um ou dois meses a coisa não possa mudar. E tem sempre aquela pessoa por quem a balança pesa mais pelo lado do compromisso. Só que nem sempre a balança dele pesa do mesmo jeito... Então, deixa assim...
E ai, para que lado pende mais sua balança? Compromisso ou Liberdade?

6.12.09

Tópicos

- Eu estou sem saber o que e como pensar. Que direção tomar, o que fazer agora.
- As coisas nem sempre são como a gente espera, e ainda sim, podem ser gratas surpresas.
- Jamais me arrependo de alguma coisa que fiz, e nem nesse momento estou arrependida de ter me exposto, de ter dito tudo o que eu disse.
- Minha vontade de verdade era ter dito "termina tudo e fica comigo", mas fico feliz por não ter sido tão impulsiva.
- Mesmo que houvesse uma resposta positiva, ainda sim não seria o melhor para mim.
- Essa pessoa especial, você já perdeu. A fila anda... Próximo!!!!

16.10.09

Limitações Humanas

"Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu." Caio F. Abreu.

Eu não quis forçar a barra, exigir mais do que ele podia dar... E nem me sentiria a vontade para abrir mão de algumas coisas importantes, pelo menos por ora.
Quem sabe com o tempo, eu fosse aprendendo a ceder. Afinal, depois de tanto tempo sem ter um relacionamento mais sério, aprendi a ser egoísta. E até a esconder o que sentia.
Aprendi a ser menos segura em relação aos meus sentimentos. Depois de "amar" algumas vezes, e levar vários "chega-pra-lá´s", pensava várias vezes antes de expor o que sentia, e até de realmente sentir.
E com ele não foi diferente. Levei alguns dias pra me sentir a vontade e expor o que sentia. E para entender o que realmente estava sentindo.
Me perguntei muitas vezes se era isso realmente que eu queria. E sabe-se lá porquê, resolvi que queria dar a cara a bater. E depois de me empolgar muito com a empolgação dele, eu estava mais decidida do que nunca. De que dessa vez seria diferente. Dessa vez estava segura do que o outro sentia. E levei um pé na bunda de novo.
E como não ter uma daquelas minhas, já conhecidas, crises de baixa estima?
Como não me achar feia, gorda, baixinha, chata, nariguda, burra ou quem sabe ciumenta demais...?
Como não me perguntar "o que eu fiz de errado?".
Como não achar que a culpa foi minha, por não ter dado certo? Afinal, sempre foi MINHA culpa que não deu certo. Essa só seria mais uma vez.
E depois de mais isso, como aprender a me gostar?
Nunca me gostei de verdade. Sempre tive horror a me olhar por muito tempo no espelho. Fotos, eu me odeio. Em filmagens, então, não me vejo nem sob tortura.
Como aprender a me olhar com carinho?
Eu não sei nem receber um elogio. Quando recebo, imediatamente retruco com algum defeito.
Isso não é maneira de me tratar bem.
Invejo as pessoas bem tratadas, refinadas, tão menos estabanadas que eu.
Invariavelmente saio derrubando o que vejo pelo caminho, falo com as mãos, com o corpo todo. Não que eu não goste disso em mim mesma, mas acho bonito ver aquelas pessoas comedidas. Coisa que, definitivamente, eu não sou.
E agora? Como faço para tirar todo esse peso que pus em cima de mim mesma? São anos definindo incapacidades. Não posso por isso, não posso por aquilo, tenho vergonha, não consigo, não sei. E do peso moral, veio o peso físico. Me fechar num lugar seguro. Me apegar aos mesmos comportamentos repetidos. É só até onde eu posso ir. E tudo fica estagnado.
Tenho que aprender a colocar a cabeça para fora do casulo. Ousar, poder, fazer, parar de ligar tanto para o que as pessoas possam pensar do que irei fazer. Vergonha, não deve mais existir. Não pode? Mas porque não pode? Claro que pode. E deve.
E acho que seria esse o caminho para que eu volte a olhar pra mim mesma. Olhar nos meus olhos no espelho. E além dos olhos, olhar o resto e ficar satisfeita comigo mesma.
Ousar e dirigir, tocar violão, cantar em público, fazer aulas de dança, uma boa pós-graduação.
Ousar e me impor, não me sentir mais o patinho feio da história. Me sentir de verdade, agora, o belo cisne que me tornei.

30.9.09

O Contrato

A Sá me mostrou esse texto tão belamente escrito pela Tati Bernardi. E parece que tem um pouco de mim em cada partezinha dele.

"Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós.
A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre. E a orelha ouviu uma sacanagem qualquer, e a mão se encaixou ali no meio das minhas pernas.
Você me chamou de amor ontem, enquanto a gente transava. Eu quis chorar. Mas também quis rir muito da sua cara. Acabei só esquecendo isso. Talvez o “mô” que você murmurou, seja porque no dia anterior, naquela mesma cama, você tenha comido alguma “Mônica”. Prefiro pensar assim. Se eu for muito, mas muito escrota, talvez eu me proteja de me assustar muito. Caso você seja escroto. Eu sendo de pedra não quebro com a sua pedra. Sei lá.
Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.
Mas a gente combinou que não era amor. Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer e vontade de fazer sexo.
Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.
Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado.
Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.
Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre.
E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor.
E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.
Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita."

23.9.09

"...Ai, que saudade sem fim..."

Esse post é para uma pessoa só.
A saudade teima em fazer morada aqui dentro. Uma saudade daquelas ácidas, que queimam, sabe?
De pensar nos momentos bons.
Não consigo me concentrar no que me fez e ainda faz sofrer.
Só penso em quando eu era recebida com "Oi, bebê".
Em quando era perfeito.
Em quando tudo encaixava.
Em quando me olhava e sussurrava "linda".
Em quando o beijo tinha gosto de halls de melancia.
Em quando era muito, muito frio.
Em quando a vista da Vila era a melhor que tinha.
Em quando um final de noite no posto era quase a melhor coisa da noite.
Em quando ficamos 2 horas na frente de casa conversando coisas boas.
Em quando o último beijo era precedido por "Vamos casar", e a resposta era "Agora, já".
Em quando eu fiquei pasma com "Por isso que eu te amo, princesa".
Em quando estar perto era fácil e simples como respirar.
E a saudade é justamente das lembranças boas que ficaram. Saudade das coisas que me emocionavam.
A sua falta deixou um vazio... e as bordas desse buraco ardem agora. Muito mais do que antes.
O que era ruim foi embora, e deixou aqui a saudade dessas tantas coisas que me já não existem mais.

"(...)a verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou." Caio F. Abreu

15.9.09

"Ele quem mesmo???"

Já tinha lido a crônica da Martha Medeiros abaixo. E recebi novamente por email da Ju, e hoje, essa crônica tem um sentido diferente, especial, e um motivo para estar aqui.

"Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo: 'olha, não dá mais'. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu: mas agora eu to comendo um lanche com amigos'. Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não volta pra mim?

Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia.

Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito!

Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos, filha única! Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim.

Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.

Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me paixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris. Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio absoluto.

O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele.

Até que algo sensacional aconteceu... Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher, que eu acabei me tornando mulher DEMAIS para ele. Ele quem mesmo???"


Martha Medeiros

9.8.09

"...e é ciúme, ciúme de você..."

Enfim, aparece aquela pessoa que te faz enxergar um pouquinho mais além. Legal, muito legal...
Mas acontece que você, depois de levar tantas e tantas lambadas da vida, não está com um pé só atrás... Está com o corpo inteiro fincado na terra.
E o caso é que o cara tem precedentes, embora em outras situações, e você, a tanto tempo solteira, já conheceu muito o outro lado... de ser a outra.
Está desconfiada demais, e essa desconfiança te deixa uma neurótica ciumenta.
O ciúme, esse monstrinho que ruge lá dentro de cada um de nós, e nos faz mostrarmos as garras.
Sentimento infeliz que nos deixa a mercê do outro, nos faz refém de inseguranças, e pensamentos irreais.
Você, provavelmente, já imaginou ele e “a outra” rindo às suas custas, se aproveitando da sua fragilidade.
Já imaginou ele beijando “a outra” naquela baladinha que você não chegou a ir.
Só que, provavelmente, nada disso existe. É culpa desse monstrinho infeliz que habita suas entranhas, que coloca esses pensamentos só para te deixar cada vez mais vulnerável e insegura.
E esse monstrinho se alimenta, justamente, dessa insegurança.
Então, meu bem, o lance é justamente não dar comida pro infeliz do monstrinho...
Insegurança e vulnerabilidade, xô!!!
Aproveite que o gatinho é um fofo, te trata que nem princesinha, e injeta auto-estima nesse corpinho.
Se ele quer estar por perto o máximo de tempo possível, é porque qualidades você deve ter.
E quando ele diz que você é linda, acredite. Isso deixa o monstrinho cada vez mais fraco.
É muito difícil de ele deixar de existir, mas ficando tão fraquinho, é bem possível que não dê tanto as caras, fique mais quieto no canto dele.
E assim, você e seu gatinho lindo e fofo, tem maiores chances de serem felizes.

19.6.09

"Ai que saudade d´ocê"

A saudade dói no peito de um jeito que não me lembro de ter sentido antes.
Você foi tão determinado, que eu nem tenho coragem de perguntar como você tem passado.
O pedido para que eu esquecesse o seu telefone foi a coisa mais dolorida que eu já ouvi de alguém. Principalmente de alguém que eu gosto tanto.
Eu entendo os motivos, mas esses motivos foram diferentes dos motivos que nos levaram a nos afastarmos antes, pelo menos eu vejo assim.
Antes era porque era o melhor para mim, agora é porque eu estou incomodando, e para não magoar uma terceira pessoa.
Não estou enxergando graça em nada, nem em ninguém. Acho, até, que eu mesma perdi a graça.
Eu sei que estou arrumando a minha vida. E tem muita coisa caminhando, muitos planos tomando forma. Só que esse porém não deixa o todo fazer sentido, e me deixar feliz.
Eu sei que a "felicidade não é desse mundo", mas a minha busca sempre incessante à procura da felicidade parece que não faz sentido. Está tudo meio triste, meio cinza.

Espero que um dia desses, quando eu menos perceber, minha vida esteja colorida de novo. Não nasci para ser triste.

22.4.09

Me analisando...

Me analiso muito, sabe? E chego as mais variadas conclusões sobre mim mesma.
Uma delas é que eu não tenho um pingo de auto-estima (relendo fiquei com dúvidas quanto ao hífen) e muito menos vergonha na cara. Sim, acabo me envolvendo em situações que não devia, por pura falta de amor pela minha pessoa. Tão bonitinha, tão cheirosinha, e não mereço tão pouco, né?
Outra conclusão, bem recente, por sinal, veio depois que li uma reportagem na Gloss desse mês, sobre comportamento repetitivo. Sempre me envolvo com homens que não querem compromisso. É azar meu? Não, é culpa do meu subconsciente que deseja alguma coisa que eu não quero, e ainda não decifrei. Estou me trabalhando muito para descobrir o que eu desejo.
Me pergunto muito também, como os relacionamentos para algumas pessoas são tão simples... elas se olham, se gostam, o sentimento é recíproco e ficam juntas. Ponto.
Para mim é tããão complicado. Nunca é recíproco, nunca bate, nunca dá certo...
Meu dedo é podre e meu coração é burro! kakakakaka

19.3.09

E não é que é mais simples que eu esperava?

É, não que não doa, que não incomode, que não balance, que não sinta falta...
Mas agora parece que faz parte de outra fase da vida... Que não me pertence mais, que está muito distante...
Às vezes bate uma saudade desesperada, uma vontade de mandar tudo pra pqp, e voltar atrás... mas isso não dura mais que alguns minutos, antes de ter outra coisa que me chame a atenção e me tome tempo...
Vivo, sobrevivo e sigo em frente!

16.2.09

Carnaval

Quero um amor de carnaval, quero um amor de vida toda, quem sabe um amor de verão?
Quero um amor one-night-stand, quero um amor pra sempre, quem sabe aqueles que duram uma semana?
To cansando de ser a segunda opção, ou quem sabe a décima?
Te liga porque uma hora você dança...
Ou pode ser tarde demais...

29.5.06

Carência

To confusa ainda... mas pelo menos as coisas foram colocadas em pratos limpos...
Não era nada do que eu pensava, nem do que eu esperava...
Mas melhor coisas claras do que essa imensa confusão mental...
Até parece que o dia está refletindo meu interior... nublado... cinza... pré-tempestade
Mas ainda tem coisas não resolvidas dentro de mim...
A carência anda fazendo coisas...