16.10.09

Limitações Humanas

"Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu." Caio F. Abreu.

Eu não quis forçar a barra, exigir mais do que ele podia dar... E nem me sentiria a vontade para abrir mão de algumas coisas importantes, pelo menos por ora.
Quem sabe com o tempo, eu fosse aprendendo a ceder. Afinal, depois de tanto tempo sem ter um relacionamento mais sério, aprendi a ser egoísta. E até a esconder o que sentia.
Aprendi a ser menos segura em relação aos meus sentimentos. Depois de "amar" algumas vezes, e levar vários "chega-pra-lá´s", pensava várias vezes antes de expor o que sentia, e até de realmente sentir.
E com ele não foi diferente. Levei alguns dias pra me sentir a vontade e expor o que sentia. E para entender o que realmente estava sentindo.
Me perguntei muitas vezes se era isso realmente que eu queria. E sabe-se lá porquê, resolvi que queria dar a cara a bater. E depois de me empolgar muito com a empolgação dele, eu estava mais decidida do que nunca. De que dessa vez seria diferente. Dessa vez estava segura do que o outro sentia. E levei um pé na bunda de novo.
E como não ter uma daquelas minhas, já conhecidas, crises de baixa estima?
Como não me achar feia, gorda, baixinha, chata, nariguda, burra ou quem sabe ciumenta demais...?
Como não me perguntar "o que eu fiz de errado?".
Como não achar que a culpa foi minha, por não ter dado certo? Afinal, sempre foi MINHA culpa que não deu certo. Essa só seria mais uma vez.
E depois de mais isso, como aprender a me gostar?
Nunca me gostei de verdade. Sempre tive horror a me olhar por muito tempo no espelho. Fotos, eu me odeio. Em filmagens, então, não me vejo nem sob tortura.
Como aprender a me olhar com carinho?
Eu não sei nem receber um elogio. Quando recebo, imediatamente retruco com algum defeito.
Isso não é maneira de me tratar bem.
Invejo as pessoas bem tratadas, refinadas, tão menos estabanadas que eu.
Invariavelmente saio derrubando o que vejo pelo caminho, falo com as mãos, com o corpo todo. Não que eu não goste disso em mim mesma, mas acho bonito ver aquelas pessoas comedidas. Coisa que, definitivamente, eu não sou.
E agora? Como faço para tirar todo esse peso que pus em cima de mim mesma? São anos definindo incapacidades. Não posso por isso, não posso por aquilo, tenho vergonha, não consigo, não sei. E do peso moral, veio o peso físico. Me fechar num lugar seguro. Me apegar aos mesmos comportamentos repetidos. É só até onde eu posso ir. E tudo fica estagnado.
Tenho que aprender a colocar a cabeça para fora do casulo. Ousar, poder, fazer, parar de ligar tanto para o que as pessoas possam pensar do que irei fazer. Vergonha, não deve mais existir. Não pode? Mas porque não pode? Claro que pode. E deve.
E acho que seria esse o caminho para que eu volte a olhar pra mim mesma. Olhar nos meus olhos no espelho. E além dos olhos, olhar o resto e ficar satisfeita comigo mesma.
Ousar e dirigir, tocar violão, cantar em público, fazer aulas de dança, uma boa pós-graduação.
Ousar e me impor, não me sentir mais o patinho feio da história. Me sentir de verdade, agora, o belo cisne que me tornei.

4 comentários:

Anônimo disse...

amei!!!!
saia do casulo borboletaaa!!!!
kkkkkkkkkkkkkkk
se precisar de ajuda eu te puxo...rsrsrsrsrsrs
adoro vc!!!
suuuuper beijo

Sempre querendo saber disse...

Ela é linda e merece ter alguém que a mereça.Só tem que acreditar nisso.
Ela merece ser feliz.

Sempre querendo saber disse...

Triste né?
mais eu sou otimista(por mais que meus textos não mostrem)e acredito muito que isso é so uma fase(pra gente)e que vai passar.
Pra que qndo o amor aparecer de verdade,a gente se entregue menos ou só o tanto que o outro o necessitar(nada de muito querer,aprendi que a gente tem que fingir)pra que não sofra tanto.
Estranho né?
Na verdade,acho que não aprendi nada.E nem nunca o vou...

T1460 disse...

A solução apontada no final parece boa, apesar de não ser nada fácil colocar planos em prática. Mas que dêem certo a todas as pessoas que tentarem!